SINAPRO/PR – Sindicato das Agências de Propaganda do Paraná

Coluna Propaganda e Marketing-Diário Indústria & Comércio 14.11.22

Após demissão em massa, Meta deve deixar escritório no qual iniciou a operação no Brasil

Depois de dias de expectativas, a Meta (META), holding dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou a demissão de 11 mil funcionários. O número equivale a 13% de sua força de trabalho.

Com tamanho corte de custos, os efeitos do aperto de cintos já chegaram à operação da empresa no Brasil. Segundo fontes consultadas pela EXAME, a companhia de Mark Zuckerberg deve deixar a Infinity Tower, prédio no bairro do Itaim, em São Paulo, lar da Meta desde 2012, e que também abriga os escritórios de Apple, Credit Suisse, Goldman Sachs e Bloomberg.

Com a mudança, a Meta permanecerá apenas com os escritórios do edifício B32, localizado na Avenida Faria Lima, também no bairro do Itaim, e no qual está desde 2022.

Em nota à EXAME, um representante da Meta disse que a saída do antigo escritório não tem relação com os desligamentos de hoje e que a saída foi relatada no final de outubro. Além disso, faz parte de um movimento global de otimização da ocupação de nossos escritórios.

“Para apoiar essa evolução, anunciamos em outubro que estamos implementando o compartilhamento de mesas de trabalho, permitindo que as pessoas tenham mais flexibilidade, ao mesmo tempo em que revigoramos nosso ambiente de trabalho. E para manter uma utilização eficiente dos espaços, desde outubro também estamos otimizando a ocupação de nossos escritórios em alguns locais, incluindo São Paulo”, relatou o porta-voz.

Big techs pisam no freio

Com os executivos de tecnologia cada vez mais pessimistas em relação à economia, o setor demitiu 9.587 empregos em outubro, o maior número mensal desde novembro de 2020, segundo a consultoria Challenger, Gray & Christmas.

A Challenger contabiliza cortes de empregos anunciados ou confirmados por empresas de telecomunicações, eletrônica, fabricação de hardware e desenvolvimento de software.

O segundo trimestre de 2020 ainda é o pior período de três meses para demissões desde o início da pandemia, mas no acumulado do ano, 2022 já está pior, de acordo com Roger Lee, do Layoffs.fyi.

Mais de 104.000 trabalhadores de startups perderam seus empregos até agora este ano, comparado a cerca de 81.000 postos perdidos em 2020.

As estimativas do Layoffs.fyi diferem das da Challenger porque incluem números de reportagens da mídia que as empresas podem não ter confirmado.

Google e Facebook faturam R$ 160 milhões em publicidade nas eleições

As redes sociais não mudaram apenas a maneira com a qual nos comunicamos — elas também revolucionaram as campanhas políticas. Aprendendo com as campanhas de 2018, os candidatos das eleições gerais deste ano aumentaram o investimento nos anúncios online. Enquanto o Facebook (e Instagram) faturou R$ 88 milhões, o Google recebeu R$ 71,9 milhões.

Os números impressionam — mas dá de surpreender ainda mais. Em 2018, as redes sociais da Meta faturaram R$ 23 milhões com publicidade, enquanto o Google ganhou “apenas” R$ 6 milhões, totalizando R$ 29 milhões entre as duas empresas. O investimento com anúncios tiveram um crescimento aproximado de 5,5 vezes nestas eleições.

Começando pelo Facebook, que engloba também os gastos com Instagram, os cinco candidatos que mais gastaram com anúncios foram:

  1. Jair Bolsonaro (R$ 2,61 milhões)
  2. Simone Tebet (R$ 1,93 milhões)
  3. Elmano de Freitas (R$ 1,66 milhões)
  4. Ciro Gomes (R$ 1,22 milhões)
  5. Alexandre Silveira (R$ 920 mil)

Jair Bolsonaro, atual presidente, atingiu a primeira posição em gastos com anúncios no dia 19 de outubro, quando a campanha realizou duas despesas, uma de R$ 499 mil e outra de R$ 532 mil (aproximadamente R$ 1 milhão). Os gastos vieram um dia depois de uma fala polêmica do presidente sobre jovens venezuelanas.

Dos cinco candidatos que mais gastaram com anúncios nas redes sociais da Meta, somente Elmano de Freitas foi eleito — e em primeiro turno. O futuro governador do Ceará também está presente na lista dos que mais gastaram no Google.

No top 10, além de Elmano, Jorginho Mello e Camilo Santana também foram eleitos. O primeiro gastou R$ 620.000, enquanto o segundo pagou R$ 500.000 por anúncios nas redes sociais.

Acessibilidade na internet? Não para todos

Esta é a minha realidade – e a realidade de todos aqueles que têm dificuldades de aprendizagem, como dislexia e TDAH. Vivemos em uma sociedade com tecnologia e opções aparentemente ilimitadas, mas 98% dos sites mais visitados do mundo não desenvolveram uma experiência totalmente acessível para pessoas com deficiências de aprendizado ou deficiência visual/ auditiva.

Quando os principais sites de notícias não oferecem opções simples de conversão de texto em áudio, tornam muito mais difícil para pessoas como eu usar seus produtos. Também tornam muito mais provável que alguém com dificuldades de aprendizagem — uma em cada cinco pessoas — busque alternativas, recorrendo a produtos dos concorrentes.

E não são apenas as empresas privadas e os principais meios de comunicação que estão deixando a desejar no quesito acessibilidade. Um estudo da Information Technology and Innovation Foundation (Fundação de Tecnologia da Informação e Inovação) descobriu que 30% dos sites governamentais (nos EUA) não atendiam aos padrões de acessibilidade.

Já é ruim o suficiente sofrer para ler um artigo de jornal. Quando importantes sites governamentais negligenciam esse aspecto, a sociedade corre o risco de isolar uma parcela inteira da população. Como podemos esperar que as pessoas sejam cidadãos bem-informados se não tiverem acesso igualitário às notícias e aos serviços do governo?

Enquanto empresas e governos continuarem a ignorar as necessidades daqueles que aprendem de forma diferente, eles não apenas dificultarão a vida de uma parcela significativa da população, como também perderão um mercado importante.

Confira matéria no Fast Company

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COSTA KOTZIAS

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